Em 1960, o Palmeiras se sagrava campeão da Taça Brasil e levantava o primeiro dos seus dez títulos de campeão nacional.
Organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, antecessora da CBF), a Taça Brasil de 1960 reuniu 17 campeões estaduais do ano anterior na briga pelo título de melhor time do país:
- ABC (campeão potiguar)
- Bahia (campeão baiano)
- Capelense (campeão alagoano)
- Coritiba (campeão paranaense)
- Cruzeiro (campeão mineiro)
- Estrela do Mar (campeão paraibano)
- Fluminense (campeão carioca)
- Fonseca (campeão fluminense)
- Fortaleza (campeão cearense)
- Grêmio (campeão gaúcho)
- Moto Club (campeão maranhense)
- Palmeiras (campeão paulista)
- Paula Ramos (campeão catarinense)
- Paysandu (campeão paraense)
- Rio Branco (campeão capixaba)
- Santa Cruz-SE (ampeão sergipano)
- Santa Cruz (ampeão pernambucano)
O campeonato era todo disputado em sistema de mata-mata com jogos de ida e volta. Caso uma equipe vencesse um jogo e perdesse outro, era necessário um jogo extra para definir quem avançaria de fase. Se o jogo extra terminasse em empate, quem tivesse a melhor relação de gols feitos/gols sofridos ficava com a vaga; permanecendo o empate, a decisão seria feita por um cara ou coroa.
Na primeira fase, os times foram divididos em 4 grupos: Nordeste, Norte, Leste e Sul. Os campeões foram, respectivamente, Bahia, Fortaleza, Fluminense e Grêmio, Na fase seguinte, Bahia e Fortaleza se enfrentaram para decidir quem seria o campeão da Zona Norte, enquanto Fluminense e Grêmio brigariam pelo título da Zona Sul.
Como a CDB havia decidido que os representantes dos estados finalistas do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais estariam inscritos diretamente na fase final da Taça Brasil, Santa Cruz (representante de Pernambuco) e Palmeiras (representante de São Paulo) não precisaram jogar até a segunda fase.
Em seguida, os campeões da Zona Norte e Sul, Fortaleza e Fluminense, enfrentaram Santa Cruz e Palmeiras para decidir quem chegaria à grande final.
Semifinais
O Palmeiras teve duas partidas complicadas contra o Fluminense. No jogo de ida, realizado em São Paulo, a partida terminou sem gols e o confronto estava bastante aberto. No jogo de volta, em solo carioca, o verdão conseguiu o gol da vitória (e da classificação) aos 89 minutos de jogo com Humberto.
Pela outra semifinal, roteiro semelhante. Fortaleza e Santa Cruz empataram a primeira partida em 2×2 e, na volta, a vitória por 2×1 deu a outra vaga da final ao time Cearense.
Finais
O Palmeiras chegou com certo favoritismo, mas o time do Fortaleza também tinha qualidade e era necessária muita atenção de ambos os lados. Mas a equipe alviverde fez valer o favoritismo nas duas partidas e não deu chances ao rival nordestino.
No primeiro jogo, mesmo longe de casa o Palmeiras teve total domínio e aos 19 minutos de bola rolando o placar já exibia uma vantagem de 3×0 a favor dos paulistas. O Fortaleza descontou aos 52′ com Benedito, mas sabia-se que seria muito difícil que o Verdão perdesse o próximo jogo em São Paulo.
Na partida de volta, a superioridade alviverde foi maior e, o placar, ainda mais elástico: 8×2. Os donos da casa marcaram com Zequinha, Chinesinho (duas vezes), Romeiro, Julinho, Cruz (duas vezes) e Humberto. Charuto descontou para o Fortaleza.
Com a vitória, o Palmeiras eliminava a possibilidade de um terceiro jogo e sagrava-se Campeão da Taça Brasil,, título que levantou mais uma vez em 1967.
Equiparação
Em 2010, a CBF reconheceu os títulos da Taça Brasil e da Taça Roberto Gomes Pedrosa como equivalentes ao Campeonato Brasileiro. Assim, o Palmeiras passou a ser o único clube decacampeão no Brasil.
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